sexta-feira, 24 de junho de 2016

Escolhidas as ilustrações para o livro Mosaico de Juliana Pretto



Foi realizada na quarta-feira (22/06) a escolha das ilustrações que farão parte do livro Mosaico, de poemas infantis, escrito por Juliana Pretto.

A escolha de 20 ilustrações foi dentre os mais de 250 desenhos produzidos por alunos da rede de escolas integrais de Paranaguá. Participaram da escolha, além da autora, a presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcul) Olga Maria e Castro; a professora do Instituto Federal do Paraná, Mariane Dias; as educadoras da Secretaria Municipal de Educação e Ensino Integral (Semedi), Rafaela Lobo Vilarinho e Luciana Martins de Araújo Gomes; e o proponente do projeto e editor do livro, Ivan Ivanovick.

O projeto Mosaico, aprovado pelo edital da Fumcul, prevê a publicação do livro com poemas de Juliana Pretto, mas a obra será ilustrada com desenhos produzidos por crianças de 8 a 11 anos, das escolas integrais.

Foi assim: a autora fez a leitura dos poemas com as crianças, sempre acompanhada do professor da área de literatura. Após a leitura e interpretação dos textos, cada criança escolheu um poema e fez um desenho para ilustrá-lo. Dentre esses desenhos, foram escolhidas as ilustrações para o livro.

No total, 252 alunos de 17 turmas, em seis escolas, participaram do projeto. Os estudantes e professores serão citados na obra e boa parte dos livros vai para o acervo das bibliotecas das escolas municipais, além do acervo da própria Fumcul e da Biblioteca Mário Lobo. Ao todo, mil exemplares do livro serão impressos.

Segundo Juliana Pretto, o processo de ilustração junto com as crianças foi muito gratificante, e trouxe inspiração para novos trabalhos. "Ao ler os poemas com as crianças, pude perceber que elementos estão no seu imaginário, quais os temas despertam maior interesse".

O lançamento do livro com os poemas e as ilustrações dos alunos está previsto para setembro, junto com a Feira Literária promovida pela Fumcul.

Leia a seguir alguns poemas da obra:

Festa Tainha em Paranaguá



No começo dos anos 80, duas enchentes causaram uma grandes tragédias no Vale do Rio Itajaí, atingindo de maneira dramática a cidade de Blumenau (SC). Mais da metade da cidade ficou semanas debaixo d’água. Dezenas de pessoas morreram. Muitos perderam tudo que tinham.

Ao final das cheias, era preciso reconstruir a cidade e as vidas; mas também era preciso animar as pessoas para que eles conseguissem enfrentar a realidade. Dessa tragédia nasceu a Oktoberfest catarinense, uma das maiores festas populares do país.

Escrevo isso porque Paranaguá ficou deprimida com a epidemia de Dengue. Não teve carnaval, os bailes de fandango só começaram depois da Páscoa, os restaurantes ficaram vazios, o aquário quase fechou… Tudo por causa do maldito mosquito.

Eu mesmo tive a doença e reconheço que é difícil. Os sintomas são horríveis e demoram muito a passar. Mas passou. O frio chegou e a dengue passou. Deixo aqui meus sentimentos aos familiares e amigos das vítimas fatais.

A Prefeitura de Paranaguá devia seguir o exemplo de Blumenau e fazer da Festa da Tainha um momento para o povo parnanguara levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, como manda o samba de Paulo Vanzolini.

Fomos à abertura da festa na noite de ontem (23), mas o equipamento atrasou e a abertura ficou para hoje. Deu para ter uma ideia de como será a festa. Serão 14 bancas servindo a Tainha e outros frutos do mar. Isso é um pouco menos que nos anos anteriores, mas não muito.

O cardápio é padronizado e plotado nas mesas da festa.


Como já é tradicional, as bancas são organizadas por comunidades de pescadores, cada uma identificada na fachada. Os preços estão razoáveis, sofreram um pequeno reajuste em relação ao ano passado, mas não são proibitivos.

No mais a organização está parecida com a das edições anteriores, o que é muito bom. A programação de shows musicais está bacana, só faltou o Fandando, né?

Resumindo, vale muito a pena vir, escolher uma mesa e saborear uma tainha. Minha sugestão é a Cambira, que fica dias pendurada na churrasqueira defumando. Mas também tem a recheada, no caldo, com molho branco ou parmegiana. Além das tainhas, há ostras e camarões. Tudo sempre muito bem preparado, com muita higiene e cuidado.

Além disso, o Aquário está com os ingressos mais baratos, completando um belo passeio para quem vem de fora, ou está com a família.

Confira a programação de shows:

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Fernando Lobo em show único no Teatro Rachel Costa


Fernando Lobo talvez seja o músico parnanguara com o trabalho mais consistente no sentido de mesclar a tradição local com a música universal e contemporânea. Além dele, só lembro do Guilherme Costa com um trabalho forte na mesma linha.

Para mim, a principal diferença entre os dois é que enquanto Fernando corre o mundo para mostrar a sua música e a nossa cultura, Guilherme divide o tempo entre a música, as pescarias na Baía de Paranaguá e o surf na Ilha do Mel.

Também há o grupo Fato de Curitiba que fez uma boa pesquisa e uma respeitável produção inspirada no Fandango. Vale a pena.

Mas, voltando ao Fernando Lobo, ele viajou pela Europa e acabou gravando um EP em Portugal há alguns meses. Agora, ele fará um show no Teatro Rachel Costa lançando o trabalho por aqui.

O show será na sexta-feira, 24/06, às 21h, contará com participações especias e promete ser um grande espetáculo da música brasileira. Os ingressos custam R$20 e estão a venda na bilheteria do teatro e pela página do evento.

Às 14h acontece um Workshop de loop e processos criativos, a entrada é um agasalho para doação.

Confira um pouco da música dele: 


Mais informações no evento do Facebook.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Banda Deltas (PE) fará show em Paranaguá



Há pouco mais de um mês, fiz duas postagens sobre a conexão entre o Blues e o Litoral Paranaense. Ao compartilhar a postagem, eu fiz a pergunta sobre o que havia em comum entre o Delta do Mississipi e a Baía de Paranaguá.

As postagens falavam de uma série de shows como o Antonina Blues Festival e a apresentação do bluesman americano Tail Dragger em Paranaguá.

Agora, uma banda de Recife (PE) chamada Deltas, vem por o Delta do Capibaribe como mais uma variável nesse conexão.

Deltas é um projeto experimental idealizado pelo músico e produtor cultural pernambucano Dirceu Melo. Eles misturam o Blues do Delta do Mississippi, com os ritmos nordestinos que surgiram a partir do Baião, no Delta do Capibaribe.

Dirceu participou do Mangue Beat nos anos 90 como o fundador, cantor e guitarrista da banda "Jorge Cabeleira e o dia em que seremos todos inúteis". Ele também tocou com Naná Vasconcelos e Eta Carinae, excursionando inclusive pelos Estados Unidos e Europa.

A Banda Deltas faz música instrumental e experimental, mas não é difícil se envolver e se apaixonar imediatamente pelo som dos caras. Confira uma amostra:



Eles estão divulgando seu trabalho e se preparando para gravar o primeiro disco. Farão dois shows em Curitiba nos dias 1° e 3 de julho.

Em Paranaguá, o Deltas vai tocar no sábado, 2 de julho, no Heros Bar na Praça dos Leões. Depois de tocar por aqui, eles voltam ao Recife e depois seguem em turnê pelos EUA.

Pra completar, o show em Paraguá será de graça! O Heros Baú vai ficar pequeno!

Confira o evento de Paranaguá no Facebook!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Orquestra Rabecônica em Curitiba

Não costumo falar de eventos em Curitiba aqui no Balanço da Canoa, mas este tem um significado especial. Leia o que diz o convite para o espetáculo: 
Formada pela maioria de músicos genuinamente caiçaras do litoral paranaense, a singular Orquestra Rabecônica do Brasil fará dois concertos didáticos gratuitos na segunda-feira, 20 de junho de 2016, às 14h30 e 16h no Guairinha. Confira o evento no Facebook.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Feira na Rua da Praia aos domingos


A Prefeitura de Paranaguá, através da Fumcul e da Semapa (Secretaria Municipal da Agricultura, Pesca e Abastecimento), anunciou a criação da Feira da Rua da Praia aos domingos. Começa no próximo dia 19/06.

É uma ótima iniciativa para esse dia da semana e para essa área tão bonita da cidade. Ambos (o dia e a rua) carecem de alternativas e de atenção. É uma chance de proporcionar um maior cuidado com o centro histórico através do comércio, a exemplo do que acontece no Largo da Ordem em Curitiba, ou no centro de Morretes.

O povo de Paranaguá já demostrou que gosta muito de Feiras como a da Lua na Praça dos Leões. O evento das terças-feiras anda meio caído por causa da dengue, mas já tá mais que na hora de superar essa praga que deprimiu a cidade como um todo.

Vamos prestigiar e registrar essa iniciativa, torcendo para que dê certo.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Duo Prog & Sky: 'Ultracover' em Paranaguá

Fomos ver o Duo Prog, agora com Sky, no Burguerama. Eu aproveitei para fazer umas fotos e pensar na evolução da banda. Na ativa há dois anos, eles começaram como um duo (tá no nome) de guitarra e bateria. Abilio e Giovanni. (Mais detalhes, aqui).

Lembro que conversamos na época, bem no começo da banda, e uma das referências era o Morphine. Por isso, não estranhei quando Abilio trocou a guitarra pelo baixo.



Desde o início, a banda tem se apresentado tocando covers, mas sem nenhuma tentativa de copiar ou reproduzir as versões originais. Muito pelo contrário, as musicas são desmontadas e reencaixadas, ganhando novas dinâmicas, ora mais quebradas, ora mais puxadas… É o que eles chamam de "ultracover".

Assim, não fica estranho que toquem Pink Floyd e Daft Punk no mesmo set. Tudo ganha novas roupagens, sempre muito alinhadas. O principal do repertório está nos anos 80. Police, Cure, Smiths e assemelhados. Mas há espaço para Hendrix, bastante Pink Floyd (que eu já citei), e coisas mais novas também, como Seal, Amy Winehouse, etc.

Há também as canções próprias, que aparecem esporadicamente nos shows, e podem ser conferidas aqui.

Formação original de bateria e baixo, em show no Leopoldo Bar.

Durante quase dois anos eles tocaram com a formação baixo e bateria. As apresentações são longas, às vezes de duas horas ou mais, com alguns intervalos. Ficaram bastante conhecidos e admirados em Paranaguá, tocando quase toda semana, às vezes mais de uma vez na semana em diversos bares (Heros, Leopoldo, Toca do Barril, Baú e agora no Burguerama).

Recentemente, o guitarrista e tecladista Alexandre Sky se uniu à banda. No formato anterior, era como se as paisagens sonoras fossem em preto e branco; ou como um livro de contos sem ilustrações… A soma de guitarra e eventuais teclados trouxe cores e luzes, deixando o som mais completo.

Confesso que fiquei com medo de que com o novo integrante, o Duo Prog ficasse parecendo só mais uma banda cover. Em muitos casos, o vazio seco da cozinha pura fazia muito bem às canções. Mas eles souberam evitar a tentação de copiar os originais, e a remodelagem sonora prevaleceu.

Vida longa ao Duo Prog & Sky.