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quinta-feira, 7 de março de 2019

Rádio Fandango

As crianças do Grupo Mestre Eugênio.


O Fandango Caiçara, patrimônio imaterial nacional reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), finalmente vai ter um programa de rádio em Paranaguá. É sério, gente! O ritmo típico local, que leva multidões aos bailes, que tem mais de 300 anos de tradição, nunca teve um programa a ele dedicado. Se teve, por favor me corrijam.

E não só que nunca teve um programa, é pior. As rádios ignoram solenemente a existência do ritmo Caiçara. Não dá para entender. É uma música alegre, que faz parte da vida da cidade. Não se trata de fazer folclore ou manter uma tradição. É bom e pronto. As rádios estão perdendo dinheiro e audiência insistindo no sertanejo universitário, que pouco tem a ver com a vida das pessoas daqui.

E para quem acha que só há as modas antigas, de domínio público, precisa se atualizar. O Aorélio Domingues, o Cleiton Prado e outros mestres têm composto modas novas, falando da vida dos pescadores e do povo caiçara em geral. Quem não presta atenção a isso está perdendo o trem da história.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Fandango no Marujá

A localidade do Marujá fica na Ilha do Cardoso, litoral sul de São Paulo, na divisa com o Paraná. Além do turismo e da pesca, a bela localidade conta com uma cena de Fandango Caiçara. E esta comunidade vai promover nos dias 25, 26 e 27 de janeiro o 1º Encontro de Fandango Caiçara do Marujá.

Haverá um barco saindo de Paranaguá no dia 25 pela manhã, rumo a este encontro. O mesmo barco retorna no domingo, dia 27. O custo da viagem é de R$ 50 por pessoa e ainda há vagas. A hospedagem é por conta de cada um, e ainda há lugares disponíveis nas pousadas, além de Camping para os mais aventureiros.

A festa será realizada pelo grupo de Fandango Família Neves e contará com a presença de grupos de fandango das cidades de Guaraqueçaba (PR), Cananeia, Iguape, Peruíbe e Ubatuba (SP). De Paranaguá participarão os grupos Mandicuera e Família Domingues.

É uma oportunidade única de conhecer um lugar de natureza exuberante e curtir um bom fandango caiçara. Só a viagem de barco já é uma experiência inesquecível, pois ele segue por dentro da Baía de Paranaguá passando pela Baía dos Pinheiros, Canal do Varadouro até chegar à Ilha do Cardoso. Com sorte, pode haver avistamento de guarás e botos, entre outras espécies que vivem nestas águas e florestas.

Para quem quiser participar, o contato para a reserva do barco é com o Edvaldo, Whatsapp 41 98773-9587. Recomendo que reserve logo, tanto o barco como a hospedagem.

Confira o evento no Facebook, clique aqui. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Bota fora 18! O último baile de Fandango Caiçara do ano em Paranaguá!

O calor chegou! 2018 tá nas últimas! 

Vamos retomar o Balanço da Canoa para falar das melhores coisas do verão no Litoral. 

E neste sábado (22) tem baile de Fandango Caiçara em Paranaguá. Que por sinal, é o último do ano. Depois, só no Carnaval! 

AMANHEEEEEEEEECE!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Baile de Fandango com o Grupo Mandicuera


Neste sábado, 13 de janeiro, o Grupo Mandicuera anima o Baile de Fandango Caiçara na Casa do Fandango Mestre Eugênio, que fica no Bairro Sete de Setembro, Ilha dos Valadares, Paranaguá. O Baile começa às 22 horas e a entrada é grátis. Amanhece!

A festa contará com a participação do Grupo Mirim Mestre Eugênio, formado por crianças da comunidade local que fazem apresentação do “Batido”, dança do fandango em que os participantes marcam o ritmo com tamancas de madeira batidas no tablado do Baile.

A Casa do Fandango Mestre Eugênio é um espaço cultural criado pelo próprio mestre ainda em vida, há mais de 15 anos. Hoje é administrado pelos seus descendentes e recebe bailes e ensaios de Fandango. É um espaço alternativo que os fandangueiros viabilizaram enquanto a prometida Casa do Fandango que acolha todos os grupos não sai do papel.

O Baile de Sábado também busca preencher uma lacuna no calendário municipal, uma vez que os bailes públicos no Mercado do Café só voltam no Carnaval, e depois param novamente na quaresma.

Não dá para esperar tanto tempo.

Serviço: Baile de Fandango Caiçara
Animação: Grupo Mandicuera, participação do Grupo Mirim Mestre Eugênio.
Sábado, 13 de janeiro, 22 horas.
Local: Casa do Fandango Mestre Eugênio, Rua 28, Bairro Sete de Setembro, Ilha dos Valadares, Paranaguá.
Entrada grátis.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Mandicuera leva Fandango Caiçara e Folia do Divino Paraná adentro

Serão nove apresentações em sete cidades


Foto de Daniel Castellano.
A Associação Mandicuera de Cultura Popular dá início neste sábado (25) a um grande giro pelo Estado do Paraná para divulgar o Fandango Caiçara e as Folias do Divino Espirito Santo. Serão cinco apresentações de Fandango nas cidades de Umuarama, Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco e Curitiba. E mais três apresentações da Folia do Divino, em conjunto com a Folia de Guaratuba, nas cidades de Londrina, Ponta Grossa e Curitiba.

As apresentações pelo interior e capital foram viabilizadas pelo Prêmio Arte Paraná, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado.

Nas apresentações de Fandango, Mestre Aorélio Domingues e o Grupo Mandiuera divulgarão o recém lançado CD “Amanhece – Fandango Caiçara”. Quem conhece o trabalho do Mestre Aorélio sabe que não se trata de “fazer folclore" ou de "resgatar" tradições antigas. Para eles, e para o público fiel desse gênero musical, o Fandango (ainda) não é atração de museu.

No CD Amanhece foram registradas modas tradicionais, de domínio público; mas também há modas atuais compostas por Aorélio em parcerias diversas; reforçando a vitalidade do ritmo. Há no disco também o registro de outras manifestações da Cultura Caiçara, como o Boi de Mamão e a Folia do Divino Espírito Santo.

Aorélio não recria nem reinventa o Fandango. Não há misturas mirabolantes com outros ritmos. Não é samba-rock ou manguebeat, é Fandango. Mas é novo.

Ouvindo o CD é possível perceber que "a novidade" pode ter mais de 500 anos e continuar relevante. O Fandango é um dos ritmos mais antigos do Brasil, não é por acaso que ele continua vivo.

Nas Folias do Divino Espírito Santo, as apresentações serão conjuntas da Folia de Paranaguá com a Folia de Guaratuba. Ambas têm tradição de mais de dois séculos e fazem anualmente a Romaria do Divino por todo o litoral do Paraná. Foram passadas oralmente de geração em geração até os dias atuais e possuem a musicalidade própria do povo Caiçara, preservando características medievais, que as diferem do restante do Brasil.


 As Folias do Litoral do Paraná são formadas por três vozes: Tenor, Mestre e Tipe. Os instrumentos tocados são a viola, a caixa e a rabeca. Na equipe da folia há também dois Alferes que carregam as bandeiras do Espírito Santo e da Trindade. Os versos das músicas são improvisados e cada música varia de 5 a 30 minutos, dependendo do improviso do Mestre.

A Folia de Guaratuba vem sendo organizada há mais de 250 anos pelas mesmas famílias. Acontece todos os anos iniciando depois da Páscoa até o mês de julho, quando acontece a Festa do Divino da cidade. A bandeira é levada pelos foliões de casa em casa onde cantam e tocam em louvor ao Divino. A bandeira percorre a comunidade caiçara da região de Guaratuba, Garuva (SC), Matinhos e Colônias de Paranaguá.

A Folia de Paranaguá também remonta há mais de 200 anos, e conta atualmente com a condução do Mestre Aorélio Domingues. Ele vem agregando diversos foliões através da Orquestra Rabecônica do Brasil e de ações da Associação Mandicuera de Cultura Popular dentro das comunidades. A folia de Paranaguá sai logo após a Páscoa da Ilha dos Valadares e percorre as baías de Paranaguá, Guaraqueçaba e Cananéia, além de Antonina e Curitiba.

A ideia de unir as bandeiras em apresentação conjunta surgiu no primeiro encontro na Festa do Fandango em Guaraqueçaba no ano de 2008. As bandeiras se encontraram novamente em 2013 na Festa do Divino da Ilha dos Valadares.

Expectativa

Para o Mestre Aorélio, a expectativa com essa viagem é ajudar o povo paranaense a conhecer uma parte importante da cultura de seu próprio Estado. "O Paraná é muito divido culturalmente. O Sul Gaúcho, o Centro e o Norte Caipira e o Litoral Caiçara; nosso Estado tem essas divisões bem marcadas da Cultura Brasileira, então é difícil que o Fandango seja o ritmo de todo o Estado do Paraná.”

“O Fandango já esteve presente e forte no Oeste, nos Campos Gerais, na Capital, mas com o passar do tempo, com a vinda de outros povos, restringiu-se ao Litoral. Então a expectativa é que os paranaenses possam conhecer uma faceta da cultura tradicional do nosso Estado; pois, por causa da diversidade cultural, nosso povo tem dificuldade de reconhecer sua própria cultura”, Concluiu.

Confira as datas e locais das apresentações: 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Mandicuera anima o baile de Fandango neste sábado no Mercado do Café

Foto de Daniel Castellano.

O Grupo Mandicuera retorna ao Mercado do Café no Centro Histórico de Paranaguá para animar o baile neste sábado com o seu “Fandango Pancada”. A festa tem entrada gratuita, começando as 10 da noite e seguindo até a fim da madrugada. Amanhece!

Para quem quiser levar o fandango pra casa, estará à venda o CD do Mestre Aorélio Domingues, “Amanhece – Fandango Pancada”, laçado recentemente e muito elogiado pelos apreciadores do ritmo caiçara.

Pra completar a festa, os restaurantes do Mercado do Café abrem as portas servindo cerveja gelada, cataia e a tradicional “Mãe ca Filha”, bebida típica do Fandando; além de porções de petiscos, frutos do mar e lanches.

O baile é público, promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo do Município de Paranaguá. Não perca!

Serviço: Baile de Fandango com o Grupo Mandicuera.
Quando: Sábado, 02 de setembro, 22 horas
Local: Mercado Municipal do Café, Ladeira Vinte e Nove de Julho - Centro Histórico, Paranaguá.
Entrada grátis.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Aorélio Domingues lança o CD “Amanhece – Fandango Pancada” e projeta o ritmo caiçara para o futuro



Quem conhece o trabalho do Mestre Aorélio Domingues e da Associação Mandicuera de Cultura Popular sabe que não se trata de “fazer folclore" ou de "resgatar" tradições antigas. Para eles, e para o público fiel desse gênero musical, o fandango (ainda) não é atração de museu.

Talvez seja por isso que o CD “Amanhece – Fandango Pancada” que Aorélio está lançando é tão surpreendente, mesmo para quem acompanha os grupos de Fandango e frequenta os bailes em Paranaguá e na região.



A vitalidade de modas com temáticas atuais, compostas por Aorélio e parceiros, atestam a importância do ritmo caiçara; sem causar estranheza ou discrepância ante as modas tradicionais, de domínio público.

No CD, Aorélio não recria nem reinventa o Fandango. Não há misturas mirabolantes com outros ritmos. Não é samba-rock ou manguebeat, é Fandango. Mas é novo.

Talvez isso seja difícil de entender, pois vivemos na era das novidades vazias. Tudo tem que ser novo o tempo todo, e tudo envelhece com uma velocidade estonteante, que nem temos tempo de acompanhar ou de usufruir.

Ouvindo “Amanhece – Fandango Pancada” é possível perceber que "a novidade" pode ter mais de 500 anos e continuar relevante. O Fandango é um dos ritmos mais antigos do Brasil, não é por acaso que ele continua vivo. Longa vida ao Fandango!

Só pra não perder a viagem, vale registrar que enquanto a prefeitura de Paranaguá promove shows com Luan Santana, Leonardo, Thaeme e Tiago, o CD Amanhece foi viabilizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura... de Curitiba!

O CD será lançado em Curitiba no próximo dia 12/08 e em Paranaguá no dia 19/08 na 8a Festa do Fandango. Reproduzo abaixo o release do lançamento. O texto é da produção do CD. As fotos são do Daniel Castellano.

sábado, 24 de junho de 2017

Uma viola caiçara e uma tainha recheada (de polêmica)

Fiquei quase um mês sem escrever aqui no blog... Tanta coisa acontecendo e, às vezes, parece que é melhor calar pra não engasgar, né? Mas, me pediram para escrever sobre a polêmica em torno do show do Luan Santana na abertura da Festa da Tainha, então lá vai... 




Li dia desses que a banda Charlie Brown Jr. foi atração de uma Festa da Tainha quando Mario Roque era vivo e ocupava o posto de prefeito da nossa Paris (naguá). O também falecido Chorão (cantor) teria homenageado o pai do Marcelo e do Marquinhos falando que um prefeito chamado “Roque” era perfeito pro "Rock", algo assim… Depois que publiquei o texto, Abdul Assaf me corrigiu dizendo que a banda nesse episódio foi a Tijuana ... aquela de "Tropa de elite", enfim. 

Pensei que trazer shows de grande projeção com artistas populares é meio que uma tradição. Vim morar aqui já sob a gestão do Dr. Edison, e teve Thiaguinho e também aquela mineira… Paula Fernandes. Alguns nomes parecem pobres vistos sob a luz do tempo, mas no momento em que vieram eram “top”; ou seja, era o que havia de maior sucesso no Faustão ou Gugu, Glu Glu… (sei lá).

Mas eu não sou contra, não vejo problemas em se trazer o Luan Santana pra tocar de graça na praça. Só ontem entendi que o outro show que está planejado (e pago de graça) é do Leonardo, “aquele, irmão do falecido Leandro...” aaaaahhhhhh, bão, “bão tamém!”

Tamém não vejo problema em se presentear cada um desses caras com uma viola do Fandango, muito pelo contrário. O problema é: por que diabos não tem um grupo de fandango abrindo os shows desses caras, participando, fazendo jam, tocando junto? Enfim, por que diabos não tem uns mestres naquela foto pra dar uma viola e ensinar pro Luan Santana como se usa??? Aposto que ele ia gostar.

Quando o Marcos Maranhão trouxe a banda Deltas de Recife (PE) pra tocar no Heros (Bar do Celso) a nossa primeira reação foi levar os caras pra almoçar no dia seguinte na Associação Mandicuera. Os Deltas usam rabecas e mesclam música tradicional do nordeste com blues… Babaram com o sabor do Barreado e com o Zeca e o Aorélio mostrando o Fandango vivo! Pois é! Pois então!

Pois, prefeito, parece que seu falecido pai sabia que o Fandango não é uma tainha que se pesca em mar revolto; que se joga uma rede e puxa e vem cheia de tamancas, rabecas, adulfos, violas e, às vezes, pesca uns mestres velhinhos junto… Não, prefeito, não é! Fandango não é tainha que dá no mar da Ilha do Mel. Infelizmente.

Nem a cultura do povo se resolve com discurso. Tem que ter diálogo e disposição de fazer e investir. O retorno é garantido e o valor investido, garanto que será bem menos do que o “nada” que foi gasto pra trazer o Luan Santana e o Leonardo.

Não preciso nem falar que esses shows são pra lá de suspeitos… Estive em Eufrasina nessa sexta-feira (ô lugar bonito!) e já tá na boca do pessoal que esses shows são pagos a preço de sangue do povo… Ninguém é tão idiota a ponto de acreditar que algum empresário bonzinho pensou que tava com dinheiro demais e resolveu “doar” esses… sei lá… quatrocentos mil reais para os bagrinhos curtirem com tainha e cataia.

Diferente da maioria da população, eu não sou contra usar dinheiro público para bancar shows ou eventos assim. A alegria do povo não tem preço.

O que eu sou contra é a mentira, a desfaçatez, e o ódio gratuito que essa gestão alimenta. Isso, ninguém merece. Ninguém quer.

Ninguém engole essa tainha a seco!

Veja o que o Aorélio Domingues, mestre fandangueiro, diz sobre essa polêmica. 

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Mandicuera realiza a Festa do Divino Espírito Santo na Ilha de Superagui



Para encerrar a Romaria do Divino Espírito Santo, a Associação Mandicuera de Cultura Popular, em conjunto com a comunidade da Ilha De Superagui, realizará nos dias 03 e 04 de junho a Festa do Divino Espírito Santo. Vinde!

A tradição das Bandeiras do Divino Espírito Santo surgiu em Alenquer, Portugal, por volta de 1320, e foi trazida para o Brasil pelos imigrantes portugueses. No litoral do Paraná, essa tradição é preservada pela Associação Mandicuera e também por grupos de Guaratuba.

A Romaria realizada todos os anos pela Associação Mandicuera percorre dezenas de comunidades da Baía de Paranaguá e Guaraqueçaba, durando cerca de 50 dias. A Celebração em Superagui representa o encerramento da Romaria.

Na festa em Superagui, além da celebração religiosa, haverá um baile de Fandango Caiçara com o Grupo Mandicuera (Paranaguá), Grupo Raiz (Superagui) e Manema (Iguape - SP). Os visitantes também poderão apreciar as delícias da culinária caiçara, farta em frutos do mar, sem falar nas belezas da Ilha de Superagui, muito apreciada pelos turistas.

Durante o Baile de Fandango, haverá o pré-lançamento o CD Amanhece, do Mestre Aorélio Domingues, da Associação Mandicuera.

Confira a programação completa do final de semana em Superagui:

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cineasta Lia Marchi registra os toques de mestres do Fandango

Lançamento das videoaulas será no Mercado do Café em Paranaguá com a presença dos mestres e da cineasta e pesquisadora



“Registros de Toques de Mestres do Fandango” é o mais novo projeto da pesquisadora e cineasta Lia Marchi, que será lançado no próximo sábado (17), às 20h, no Mercado do Café, em Paranaguá.  Os mestres fandangueiros de Paranaguá-PR dividem seus saberes e protagonizam quatro videoaulas de 40 minutos em média.

Durante o lançamento, serão exibidos trechos das aulas de viola e rabeca. Em seguida, acontece bate-papo com os mestres e a diretora Lia Marchi. Logo depois, às 22h, haverá Baile de Fandango, também no Mercado.

Mestre Brasílio Santos Ferres - Foto:  Guilherme Romanelli

Nas videoaulas, os mestres Brasílio Santos Ferres, Waldemar Barbosa Cordeiro e José Martins Filho (Zeca) tocam seus repertórios de viola e comentam os toques. O mestre Zeca dá uma aula de rabeca.

Mestre Zeca e Lia Marchi - Foto: Guilherme Romanelli

“Os três representam a tradição do fandango com maestria. Toda uma vida de bailes nas suas comunidades e inúmeras apresentações nos grupos de fandango dos dias atuais fizeram destes mestres nomes reconhecidos como a nata desta cultura. Um privilégio ouvi-los, aprender com seus toques e suas histórias”, comenta a diretora Lia Marchi.

Com este projeto, além da preservação da tradição, disponibiliza-se, tanto para quem está em Paranaguá como em outras localidades, ferramentas gratuitas de estudo.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Orquestra Rabecônica em Curitiba

Não costumo falar de eventos em Curitiba aqui no Balanço da Canoa, mas este tem um significado especial. Leia o que diz o convite para o espetáculo: 
Formada pela maioria de músicos genuinamente caiçaras do litoral paranaense, a singular Orquestra Rabecônica do Brasil fará dois concertos didáticos gratuitos na segunda-feira, 20 de junho de 2016, às 14h30 e 16h no Guairinha. Confira o evento no Facebook.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Fandango Caiçara Resiste, MinC Resiste!



O Movimento MinC Resiste publicou neste domingo (29/05/15) um Manifesto assinado pelo Comitê Provisório de Salvaguarda do Fandango Caiçara e seus apoiadores em repúdio ao governo interino golpista de Michel Temer (PMDB).

O movimento é formado por artistas, intelectuais e militantes da cultura e das artes e surgiu imediatamente após a posse de Temer. Eles estão promovendo diversas atividades a partir de ocupações de espaços públicos da Cultura como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Curitiba.

A Associação Mandicuera também manifestou em seu site ser contrária ao governo do interino golpista Temer e ser contra o desmonte que este governo está fazendo da Cultura e de outros setores fundamentais para o povo brasileiro.

Mesmo com o recuo do governo interino em acabar com o Ministério da Cultura, vitória da pressão dos movimentos e dos artistas, as ocupações continuam. Os manifestantes entendem que este governo é ilegítimo, fruto de um golpe, e deve terminar imediatamente.

Leia a seguir o Manifesto:



Cultura Caiçara Resiste

O Fandango, expressão cultural das comunidades caiçaras, reconhecido como patrimônio cultural brasileiro, cuja área de ocorrência abrange desde o litoral sul do Rio de Janeiro ao litoral norte do estado do Paraná, aqui representado pelo Comitê Provisório de Salvaguarda do Fandango Caiçara e seus apoiadores, manifesta-se contrário ao Governo Federal interino ilegítimo e anuncia o rompimento do diálogo com as instituições que o representam, tendo em vista o desmonte das políticas públicas voltadas para a cultura.

O Fandango, enraizado no cotidiano das comunidades caiçaras, envolve um conjunto de práticas que ultrapassam o trabalho, o divertimento, a religiosidade e a musicalidade, atuando diretamente na afirmação de identidades e padrões de sociabilidade local. Apesar da riqueza cultural de suas práticas, estas comunidades foram historicamente submetidas a processos de exclusão social e política, fatores determinantes na perda progressiva de seus territórios e de seu modo de vida.

Apesar dos processos sofridos, as comunidades tem mostrando-se capazes de manter vivas suas dinâmicas culturais, em particular o Fandango e bens associados como: a Ciranda, a canoa caiçara, os sistemas tradicionais de pesca artesanal, as Folias de Reis e do Divino, entre outras. Ações fortalecidas pelo reconhecimento do Fandango Caiçara como Patrimônio da Cultura Imaterial brasileira. A consolidação deste processo de base participativa e popular, é desconsiderada e desmobilizada pela corrente agenda do governo interino, deste modo, alertamos ao retrocesso estrutural ao qual estamos expostos neste momento.

A produção, a circulação e a fruição da Cultura são direitos garantidos pela constituição, resistimos e seguimos na luta.
- Pela continuidade das ações inerentes ao decreto 3551/2000, que institui o Programa Nacional de Patrimônio Imaterial (PNPI);
- Em defesa das políticas públicas de, para e com as culturas populares e dos espaços de participação popular direta e controle social;
- Pelo Sistema e pelo Plano Nacional de Cultura;
- Pela liberdade de expressão.

#CulturaCaiçaraResiste #CulturaResiste #ForaTemer #Amanhece

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Seleção de aprendizes para fabricação de instrumentos do Fandango


O projeto Artesanias Caiçaras, que trabalha a sustentabilidade do Fandango através da construção de instrumentos musicais, está selecionando oito aprendizes que serão bolsistas no projeto.

A iniciativa é da Associação Mandicuera, realizada a partir do Edital de Chamamento Público n° 03/2014 de Apoio e Fomento à Salvaguarda de Bens Registrados como Patrimônio Cultural do Brasil, e viabilizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Trata-se do ensino, aprendizagem e difusão da construção de instrumentos musicais caiçaras (viola, rabeca, adufe), bem como do universo sócio-ambiental e cultural a eles relacionados. O (a) novo (a) contratado (a) deverá atuar entre os meses de junho de 2016 a fevereiro de 2017.

Aos bolsistas selecionados deverão participar das oficinas (realizadas em Paranaguá), da construção dos instrumentos, viagens de campo e demais atividades vinculadas ao projeto.

A seleção sera realizada entre os dias 17 e 23 de maio, e é aberta a toda a comunidade e irá considerar, entre outros pontos, vivências com o fandango e com a cultura caiçara. Os oito aprendizes selecionados também receberão bolsas para auxiliar com transporte e alimentação.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Festa do Divino Espírito Santo na Barra da Ararapira


A Associação Mandicuera junto a Comunidade da Barra da Ararapira está organizando de forma coletiva a Festa do Divino Espírito Santo. Serão três dias de muito fandango em um local de beleza exuberante, na divisa entre o Paraná e São Paulo, a beira mar.

Amanhecer na Barra da Ararapira.
Sairá um barco de Paranaguá na sexta-feira, 20 de maio pela manhã. A viagem demora seis horas, mas o barco é confortável e a viagem será bastante animada. Há opções de hospedagem em pousadas dos moradores locais, ou em camping com barracas.



Mapa da Barra da Ararapira. A localidade fica na Ilha de Superagui, no lado oposto à Vila de Superagui.

Como ir:
Saída da barca às 10 horas do dia 20 de maio de Paranaguá.
Retorno da barca às 14 horas do dia 22 de maio, domingo.

Preços:
R$ 160 (barca ida e volta R$ 120 + 2 diárias camping R$ 40)
R$ 200 (barca ida e volta R$ 120 + 2 diárias pousada/casa da comunidade R$ 80)

Mais detalhes no evento no Facebook, ou na página do Mandicuera.

Fizemos essa viagem no ano passado, quando a Mandicuera estava iniciando a Romaria do Divino. Todos os anos eles fazem a romaria após a Páscoa visitando as casas dos caiçaras por toda a Baía de Paranaguá. Agora eles resolveram alterar a ordem e a romaria já foi cumprida. O evento, portanto, será para a Festa do Divino Espírito Santo, que é realizada ao final da romaria.

A hospedagem é simples, e as refeições são nas casas do moradores locais, que vivem da pesca. Haverá bailes de fandango com o Grupo Mandicuera e com fandangueiros de São Paulo.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Fandango de Aleluia com o Grupo Mandicuera no Mercado do Café

2016 vai começar! Aleluia!

Como todos sabem, o ano só começa depois do Carnaval. Mas como não teve Carnaval por causa da dengue (TEVE SIM!), 2016 vai começar mesmo é na Páscoa! Ou melhor, no sábado de aleluia.

E para os Grupos de Fandango vai ser o começo mesmo, visto que ainda não houve bailes este ano na cidade. Então, motivo não falta para bater as tamancas!


Falando em dengue, zika e mosquito; é lógico que se trata de uma baita problema de saúde pública. Mas isso não pode ser motivo para afugentar as pessoas. Os comerciantes estão sofrendo, amargando altos prejuízos. Os artistas, os mestres, estão parados... 

Acho que a doença deve ser enfrentada com coragem, Os pontos turísticos tem que se tornar área livre do mosquito. Tem que distribuir repelente e disseminar informação! 

Não pode é se trancar em casa com medo de um mosquito! 

Ô de casa! Amanhece!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Mandicuera em festa com Fandango e Barreado

A Associação Mandicuera na Ilha de Valadares está com uma programação muito bacana para este fim de semana de 14 e 15 de novembro.




Confira a Programação: 

Sábado 14/11/2015

10h - Visitação à Mandicuera, Capela do Divino Espírito Santo, construção de Rabecas e Violas com o Mestre Aorelio Domingues.

12h - Barreado da Mandicuera por adesão R$ 35,00 por adulto e R$ 10,00 por criança.

16h - Apresentação de Fandango da Mandicuera na Festa Do Rocio no Santuário do Rocio com entrada grátis

22h - Baile de Fandango com a Mandicuera no Mercado Do Café, Centro Histórico De Paranaguá com entrad grátis.

Domingo 15/11/2015

16h - Procissão da Nossa Senhora do Rocio
Cantoria do Divino Espírito Santo com Mandicuera durante a Procissão.

Hospedagem

Temos espaço para armar barracas para quem for afim de ficar pela Mandicuera, pedimos daí uma contribuição de R$ 10,00 por pessoa por dia.

Para quem quiser também indicamos o Camboa Hotel Paranaguá e o Hostel Continente.

Mais informações:
41 34255275 Mandicuera
41 95234391 Thiago Moreira
ou no Evento do Facebook.