O bluesman americano Tail Dragger no show em Paranaguá. |
É que teve esse evento, o II Antonina Blues Festival, entre 21 e 23 de abril. Antonina é linda e muito agradável mesmo com o calor, então fomos. Foram diversos shows, começando à tarde e avançando pela noite. Todos gratuitos, todos muito bons.
Marcus Ussan e Banda abriram o Festival. |
O Lendário Chucrobillyman tocando na Cantina Casa Verde. |
Davi Henn acompanhado do baixista com um instrumento "feito em casa". |
Além dos estabelecimentos da cidade, desceram alguns comércios sobre rodas, chamados food-trucks. Destaque para o Mississipi on Fire com comida do sul dos EUA, e o Sebo-Móvel On The Road, com discos, livros e assemelhados. Teve a barraca com Chopp da Ozean também, que já é um clássico do Litoral.
A cidade vizinha, Morretes, fez um festival semelhante ano passado, só que de Jazz. Também foi fantástico. Eventos assim são um incentivo a mais para atrair turistas a essas duas belas cidades do nosso litoral.
Menos de um mês depois do festival em Antonina, no dia 7 de maio, o Marcos Maranhão organizou outro evento genial trazendo o bluesman americano Trail Dragger para tocar no Hotel Camboa de Paranaguá. A banda Trom abriu a noite com um show fantástico, e como banda de Tail, vieram os argentinos The Jelly Roll Boys.
Na tarde antes do show, rolou ainda um passeio de barco na Baía de Paranaguá, com direito a chop artesanal da Ozean.
A banda Trom abriu com rocks clássicos, blues e canções próprias. Eles são bem conhecidos na cena local e fazem um som de primeira, ao mesmo tempo suave e potente. A performance do vocal Luiz Marcelo foi memorável.
Tail Dragger, nome de guerra de James Yancy Jones, é um bluesman de Chicago, com mais de 70 anos de idade. Discípulo de Howlin' Wolf, que lhe deu o nome artístico, Dragger tem uma voz potente e áspera; muito marcante, perfeita para blues.
Ele fez uma parte do show sentado em uma cadeira no palco, e a outra parte metido no meio do público. Muito simpático, o “negão” tirou mulheres para dançar, e cantou diversas músicas como se estivesse conversando com alguém na plateia; sentado mesmo, ao lado ou na frente do interlocutor.
Apesar da natureza triste da maioria das canções, o show foi em altíssimo astral. É como se a tristeza fosse um pretexto para unir as pessoas e superar as adversidades. Foi uma noite fantástica. Quem presenciou não vai esquecer.
Marcos Maranhão agora cogita produzir mais shows em Paranaguá, talvez durante o inverno. No ano que vem, o Antonina Blues Festival deverá se repetir e crescer. Outros bluesmen podem aportar pelo litoral nos próximos meses…
Perguntei a ele por que o Blues, e quais os planos para mais shows, ele ficou de me responder... Quando vier a resposta eu faço uma nova postagem.
Mais fotos do Festival e do Show do Tail Dragger na página Balanço da Canoa no Facebook.