quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
1a Festa Literária de Paranaguá de 4 a 6/12
Uma das coisas que mais me chamaram a atenção neste quase um ano de residência em Paranaguá é a quantidade de festas, feiras e festivais que esta terra proporciona. Pois bem, hoje começa a 1ª Festa Literária de Paranaguá, a Flipa.
O evento terá lançamentos de livros, debates com escritores, atrações infantis, biblioteca itinerante, enfim, diversas atrações para festejar e divulgar o universo da literatura. Até uma grande escritora local vai ser homenageada, com todo o merecimento, diga-se: Ada Macaggi.
A organização é da Prefeitura através da Fundação Municipal de Cultura, a Fumcul; e uma das figuras centrais do evento deverá ser o jornalista e escritor local Paulo Ras, que lançará seu livro “Contos da Carne” no dia 06.
Vamos acompanhar essa festa e prestigiar mais essa iniciativa de fomentar a cultura e as artes em Paranaguá!
Mais detalhes no site da Fumcul: http://www.fumcul.com.br/
Link para o evento no Facebook.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Um pouco da história de Paranaguá (e de toda a região)
A importância histórica de Paranaguá é bastante anterior ao que todos estamos acostumados a acreditar. Pernagoa era a sede (capital) da nação Carijó, caahijo – os filhos da mata, por ser ali naquelas altas ribanceiras a moradia do chefe e seus descendentes.
Toda a costa, de Cananéia até a barra de São Francisco, pertencia então à nação Carijó, grupo tribal pertencente à família tupi-guarani. Muitas eram as tribos desta grande e poderosa gente, fixada pelas costa, ilhas e ribanceiras de rios. Cada tribo tinha seu cacique, mas todos prestavam obediência irrestrita o grande cacique, o chefe da nação.
As grossas crostas dos sambaquis eram a pedra solarenga dos grão-caciques. O chefe supremo não era eleito como os caciques comuns, porque ele era a tradição. Os tambaquibas eram o livro aberto de sua genealogia e quanto mais camadas, mais nobre a estirpe.
A vara de chefe passava de pai a filho numa perfeita dinastia, e o grão-cacique era sempre a voz do último conselho, a voz da sabedoria e da decisão, porque era voz da história Carijó.
O Ytim-berê também lhe pertencia e só os da sua descendência podiam carijar naqueles mangais. Isso era sabido de todos, pois o nome já dizia:
Y= rio;
TIM= baixios;
BERÊ= grande cacique.
Isto é, rio de baixios pertencentes ao chefe da nação, daí o nome atual de Itiberê, legitimo e histórico.
Esse texto foi extraído do Plano Municipal de Cultura de Paranaguá, que está em fase de consulta pública para aprovação, e vale muito a pena ser lido, nem que seja só por diversão!
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Plano Municipal de Cultura de Paranaguá
Acompanhamos na noite
dessa terça-feira, dia 25, na Casa Cecy, o lançamento da minuta do Plano Municipal de Cultura de Paranaguá. O Plano, após finalizado,
deverá ser o instrumento que embasará as políticas públicas de
cultura da cidade para os próximos 10 anos.
A minuta do plano foi
redigida pela Fundação Municipal de Cultura de Paranaguá, e a
partir de agora o texto está aberto a sugestões e correções da
população. As contribuições podem ser enviadas pelo portal da
Fumcul: www.fumcul.com.br
através de um formulário eletrônico próprio, disponível no site.
Independente das
contribuições que possam vir e completar o plano, o texto
apresentado já é uma joia, só precisa ser lapidado. Em pouco mais
de 90 páginas, a Fumcul apresenta diagnóstico sucinto sem ser
superficial da formação histórica que resulta na cultura
parnagurara e da realidade sócio-econômica atual. Em seguida, o
plano expõe o patrimônio (que não é pequeno) e as estruturas de
administração, planejamento e financiamento da cultura.
As
demandas cotidianas, os limitadores financeiros e administrativos são barreiras a serem transpostas para que se atinja os objetivos de
democratização e preservação da cultura e do patrimônio
(material e imaterial) local.
É obvio, mas
importante lembrar, a enorme riqueza histórica e cultural que
Paranaguá acumulou nos 366 anos de história colonizada, e nos
milhares de anos de história dos povos nativos.
Contribuir para que a
cultura resultante dessa história proporcione uma vida melhor para a
população é uma tarefa que não cabe somente à Fundação
Municipal de Cultura ou aos artistas, artesãos, estudiosos,
historiadores, professores e agentes culturais da cidade. É uma
tarefa de todos que desejam um futuro melhor.
Ler a minuta do Plano
Municipal de Cultura de Paranaguá e contribuir para sua redação é
uma excelente maneira de contribuir com essa história.
Em tempo: O Sistema Nacional de Cultura desenvolvido pelo Governo Federal, ao qual o Município de Paranaguá aderiu recentemente, foi elogiado no evento como um importante mecanismo para o desenvolvimento da cultura local de maneira integrada às políticas nacionais.
Em tempo: O Sistema Nacional de Cultura desenvolvido pelo Governo Federal, ao qual o Município de Paranaguá aderiu recentemente, foi elogiado no evento como um importante mecanismo para o desenvolvimento da cultura local de maneira integrada às políticas nacionais.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Mais uma cachoeira: Alto da Quintilha – Paranaguá
Na última postagem que foi sobre a Cachoeira da Quintilha, eu já havia falado da existência desse outro recanto, mas ainda não tinha ido conhecer. Pois fui lá hoje. A estrada e o mapa são os mesmos, a diferença é que ao chegar na entrada da Cachoeira da Quintilha é preciso pegar outra estradinha e subir mais 1,2 km. O trecho não é nenhuma maravilha, mas qualquer carro vence bem.
Assim como a primeira Quintilha, essa cobra entrada (R$ 2,00 por pessoa), além de ter bar, lanchonete e estacionamento. É tudo bem simples, mas funciona legal.
O trecho de rio tem pequenas cachoeiras, escorregadores naturais nas pedras polidas pela água e piscinas naturais deliciosas. A água é cristalina e geladíssima. Novamente, super recormendo.
Assim como a primeira Quintilha, essa cobra entrada (R$ 2,00 por pessoa), além de ter bar, lanchonete e estacionamento. É tudo bem simples, mas funciona legal.
O trecho de rio tem pequenas cachoeiras, escorregadores naturais nas pedras polidas pela água e piscinas naturais deliciosas. A água é cristalina e geladíssima. Novamente, super recormendo.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Cachoeira da Quintilha - Paranaguá
A primavera está ganhando ritmo e a temperatura vai subindo. Momento ideal para reabrir os trabalhos do Blog Balanço da Canoa em busca dos recantos mais encantados do Litoral Paranaense.
Resolvi começar pela Cachoeira Quintilha, pois é muito perto da minha casa (cerca de 12 km). É muito fácil de chegar, vindo de qualquer lugar, do litoral ou de Curitiba. O acesso fica no Km 5 da PR 508, mais conhecida como Alexandra - Matinhos. O mapa abaixo mostra o caminho a partir da BR 277.
Resolvi começar pela Cachoeira Quintilha, pois é muito perto da minha casa (cerca de 12 km). É muito fácil de chegar, vindo de qualquer lugar, do litoral ou de Curitiba. O acesso fica no Km 5 da PR 508, mais conhecida como Alexandra - Matinhos. O mapa abaixo mostra o caminho a partir da BR 277.
O lugar é simples, mas muito bonito. A estrada de terra a
partir da PR 508 está em boas condições. Como a primeira cachoeira fica numa
propriedade particular, é cobrada uma pequena taxa de R$ 2,00 por pessoa.
A partir da entrada há uma trilha de 400 mts até a
cachoeira. Uma grande piscina natural de água transparente e gelada se formou
na base da cachoeira. É aí que você entra e se refresca!
Há indicação de mais cachoeiras e mais piscinas naturais
subindo mais 1,2 km numa estrada que parecia razoável para se transitar de
carro. Mas não me aventurei dessa vez.
A recomendação é que a visita seja feita em dias bem
quentes, e evitando os fim de semana, para curtir com maior tranquilidade.
Não deixe de conhecer!
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Semana Literária SESC e Feira do Livro 2014 em Paranaguá
A Semana Literária & Feira do Livro é um evento que acontece simultaneamente nas cidades onde o SESC está presente no Estado e representa uma das ações culturais de maior tradição realizada pela Instituição.
Democratiza o acesso da população à leitura e à literatura, por meio de ciclo de debates, oficinas, workshops e apresentações artísticas, além de incentivar o mercado livreiro. Pode-se dizer que hoje o evento é protagonista em termos de ação literária no Estado.
A programação da Semana Literária do SESC de Paranaguá estará voltada à fruição da leitura e à formação de mediadores/ multiplicadores de ações de Leitura, através de palestras, mesas redondas, oficinas de formação, rodas de leitura e contações de histórias e saraus.
A homenagem desta edição é ao escritor mineiro Rubem Fonseca e como patrono do evento, o paranaense Domingos Pellegrini.
Confira a programação aqui.
Democratiza o acesso da população à leitura e à literatura, por meio de ciclo de debates, oficinas, workshops e apresentações artísticas, além de incentivar o mercado livreiro. Pode-se dizer que hoje o evento é protagonista em termos de ação literária no Estado.
A programação da Semana Literária do SESC de Paranaguá estará voltada à fruição da leitura e à formação de mediadores/ multiplicadores de ações de Leitura, através de palestras, mesas redondas, oficinas de formação, rodas de leitura e contações de histórias e saraus.
A homenagem desta edição é ao escritor mineiro Rubem Fonseca e como patrono do evento, o paranaense Domingos Pellegrini.
Confira a programação aqui.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Festival de Música do Litoral nesta semana
A Fundação Municipal de Cultura (Fumcul) de Paranaguá divulga a programação do Festival de Música do Litoral (Femul), que acontece nos dias 5, 6 e 7 de setembro e deve movimentar a cena musical dos municípios litorâneos. Recentemente, a Fumcul realizou um concurso para eleger algumas canções que serão executadas durante o Festival. Foram 51 músicas inscritas e 30 selecionadas para o Festival.
A programação preparada pela Fumcul conta com a disputa das 30 canções e com apresentações musicais variadas. Todas as atrações se apresentam no Teatro Rachel Costa. A entrada é franca.
Confira a programação completa do Femul 2014:
Sexta-feira (05/09)
19h – DJ Caio Mendes – Música Eletrônica.
19h50 – Apresentação das 15 músicas – primeira semifinal.
22h – Banda Magnific Jah – (Encerramento do primeiro dia).
Sábado (06/09)
19h – Apresentação das 15 músicas – segunda semifinal.
22h – Apresentação Guilherme Costa e Banda.
22h50 – Anúncio das 15 músicas finalistas.
Domingo (07/09)
19h – Apresentação do cantor Aroldo Amer e Banda.
19h50 – Apresentação das 15 músicas finalistas.
22h – Apresentação da Banda ‘Na Tocaia’. Homenagem ao músico parnanguara Endrigo Bettega.
22h50 – Encerramento – Resultado Final e Premiação do Femul 2014.
A programação preparada pela Fumcul conta com a disputa das 30 canções e com apresentações musicais variadas. Todas as atrações se apresentam no Teatro Rachel Costa. A entrada é franca.
Confira a programação completa do Femul 2014:
Sexta-feira (05/09)
19h – DJ Caio Mendes – Música Eletrônica.
19h50 – Apresentação das 15 músicas – primeira semifinal.
22h – Banda Magnific Jah – (Encerramento do primeiro dia).
Sábado (06/09)
19h – Apresentação das 15 músicas – segunda semifinal.
22h – Apresentação Guilherme Costa e Banda.
22h50 – Anúncio das 15 músicas finalistas.
Domingo (07/09)
19h – Apresentação do cantor Aroldo Amer e Banda.
19h50 – Apresentação das 15 músicas finalistas.
22h – Apresentação da Banda ‘Na Tocaia’. Homenagem ao músico parnanguara Endrigo Bettega.
22h50 – Encerramento – Resultado Final e Premiação do Femul 2014.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Balanço da Canoa no Facebook!
Olá gente,
Resolvemos abrir uma página no Facebook para dar mais dinamismo e interatividade nas postagens.
O endereço é facebook.com/balancodacanoa
Siga a gente por lá!
Não vamos abandonar esse blog, mas ele vai ficar para postagens maiores. ;)
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Fandango é vida, resistência e alegria!
Acompanhei no final de semana a 5ª Festa do Fandango Caiçara de Paranaguá, evento organizado pela Fundação Municipal de Cultura de Paranaguá (FUMCUL). Durante a festa, os mestres fandangueiros receberam do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) o certificado de Patrimônio Imaterial concedido ao Fandango.
Além da cerimônia da entrega dos certificados, o fim de semana foi de debate, da formação do Grupo de Trabalho para a Salvaguarda do Fandango e Comitê Gestor do Fandango; e é claro muita música e um grande baile de Fandango.
História (via blog do Paulo Ras)
O Fandango do litoral paranaense é uma das manifestações folclóricas mais antigas do Brasil. Tem sua origem na Espanha e chegou ao litoral com os primeiros casais de colonos açorianos por volta de 1750. Com muita influência espanhola, passou a ser batido principalmente durante o entrudo (antiga celebração do que hoje se conhece como Carnaval). Em quatro dias, a população não fazia outra coisa senão bater o fandango e comer barreado.
De origem espanhola (e também com influências portuguesas), o Fandango é uma dança trazida pelos imigrantes que no passado se espalharam pelo litoral. Para recordar a pátria distante e matar as saudades, eles dançavam em grandes mutirões festivos.
E assim, em uma fusão de cultura, surgiu o Fandango, que ganhou os compassos dos índios e dos caiçaras, fazendo nascer uma manifestação folclórica diferente incluindo ainda instrumentos como a rabeca, o adufo e a viola.
Três séculos se passaram e nesse correr dos anos, o fandango tornou-se uma dança típica com coreografia e música.
Nos anos 60, o fandango praticamente desapareceu em função de uma nova fase cultural que predominou no mundo através da televisão e do radio que propagavam as novas tendências musicais. A falta de interesse dos jovens em aprender o fandango também contribuiu para que a dança entrasse na relação das manifestações folclóricas em extinção.
Assim, foi até a década seguinte. Nos anos 70, o fandangueiro Romão Costa passou a receber o incentivo do professor Inami Custódio Pinto, um dos maiores folcloristas, pesquisadores e compositores do Paraná. E desta forma o fandango ressuscitava timidamente. Da teoria para a prática foram mais 20 anos, ou seja, em 1993, a extinta Funcultur resolveu criar um grupo de fandango que representasse Paranaguá pelo Brasil afora.
Assim nasceu o Grupo Folclórico Mestre Romão, que realizou sua primeira apresentação no dia 11 de junho de 1994 no antigo Teatro da Ordem. O sonho do fandangueiro Romão Costa se tornava realidade.
O fandango foi resgatado e favoreceu o surgimento de outros grupos e mestres, que também estavam adormecidos. Todos foram contagiados pela efervescência cultural que está presente até os dias de hoje. Atualmente o fandango faz parte da realidade cultural de Paranaguá, seja através da Associação Mandicuera ou por intermédio espontâneo dos jovens que sentem vontade de dançar fandango, e bater o pé por esta ideia, mostrando que Paranaguá possui sua identidade cultural preservada, afinal o fandango é hoje um bem tombado e faz parte do patrimônio imaterial da cultura nacional.
Atualmente
Quatro grupos dedicam-se a manter viva a tradição do Fandango em Paranaguá: Grupo ‘Ilha dos Valadares’, do mestre Brasílio; grupo ‘Pés de Ouro’, do mestre Nemésio; grupo ‘Mandicuera’, de Aorélio Domingues e grupo ‘Mestre Romão”. Com exceção de Aorélio, todos os mestres são pessoas idosas, que lutam para atrair jovens e manter viva as batidas do Fandango.
“O título pode nos ajudar nisso, pois facilitará a obtenção de recursos junto ao Ministério. Com mais recursos, é possível levar o Fandango para mais espaços, valorizá-lo mais, levar até os nossos jovens”, saliente Aorélio.
Com 77 anos e fandangueiro desde os 8, mestre Brasílio estava emocionado após receber o título. “Agradeço ao Ministério, ao prefeito, a todos que participaram disso, principalmente o pessoal dos grupos aqui presentes”, disse.
A presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fumcul), Maria Angélica Lobo Leomil, explica que, para tentar despertar o interesse dos jovens, está em negociação um projeto que vai levar a dança para as escolas do município. “Estamos acertando os detalhes disso com a Secretaria de Educação. Também ofertamos oficinas que ensinam a confecção da rabeca e de outros instrumentos do Fandango”, salientou.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Fandango Caiçara vai receber certificado de Patrimônio Cultural
A expressão musical Fandango Caiçara vai receber o certificado de Patrimônio Cultural durante a 5° Festa do Fandango Caiçara de Paranaguá, que vai acontecer entre os dias 15 e 17 de agosto. O evento é uma realização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Fundação Municipal de Cultura de Paranaguá (FUMCUL).
Durante os três dias de evento, os participantes vão poder participar da entrega do certificado, de mesas-redondas e da formação do Grupo de Trabalho para a Salvaguarda do Fandango e Comitê Gestor do Fandango. O encontro também vai mostrar Roda de Viola, Causos, Feira de Artesanato e Gastronomia Caiçara.
Programação
• 15/08 - 20h – Entrega do Certificado de Registro de Bem de Natureza Imaterial do Fandango Caiçara aos Mestres Fandangueiros. Local: Câmara Municipal de Paranaguá. Rua João Estevão, 361. Centro Histórico.
• 16/08 - 09h30min – Mesa Redonda “Desafios e Perspectivas para a Salvaguarda do Fandango” (Fundação Municipal de Cultura – FUMCUL -, IPHAN, IFPR, UFPR, grupos de fandango de Paranaguá: Ilha dos Valadares, Pés de Ouro, Mandicuera, Mestre Romão)
10h30min – Conferência “A Importância do Fandango para a Sustentabilidade do Território Cultural Caiçara” (Prof. Antonio Carlos Diegues – NUPAUB/USP)
14h – Formação do Grupo de Trabalho para a salvaguarda do Fandango e Comitê Gestor do Fandango. Local: Casa Cecy. Rua XV de Novembro, 499. Centro Histórico.
20h – Baile de Fandango com os grupos: Ilha dos Valadares – Mestre Brasílio, Pés de Ouro – Mestre Nemésio, Mandicuera – Mestre Aorélio, Mestre Romão. Local: Mercado do Café. Haverá feira de artesanato e gastronomia no entorno do Mercado.
• 17/08 – 15h – Café com banana e fandango + Roda de Viola com os Mestres + Causos com Rogério Soares e Pilda Costa + Feira de Artesanato e Gastronomia Caiçara no entorno do Mercado.
Fandango Caiçara
O Fandango Caiçara é uma expressão musical-coreográfica-poética e festiva, cuja área de ocorrência abrange o litoral sul do estado de São Paulo e o litoral norte do estado do Paraná. Essa forma de expressão possui uma estrutura bastante complexa e se define em um conjunto de práticas que abrange o trabalho, o divertimento, a religiosidade, a música e a dança, prestígios e rivalidades, saberes e fazeres.
O Fandango Caiçara se classifica em batido e bailado ou valsado, cujas diferenças se definem pelos instrumentos utilizados, pela estrutura musical, pelos versos e toques. Nos bailes, como são conhecidos os encontros onde há Fandango, se estabelecem redes de trocas e diálogos entre gerações, intercâmbio de instrumentos, afinações, modas e passos viabilizando a manutenção da memória e da prática das diferentes músicas e danças.
O Fandango Caiçara é uma forma de expressão profundamente enraizada no cotidiano das comunidades caiçaras, um espaço de reiteração de sua identidade e determinante dos padrões sociais.
via IPHAN e Blog do Esmael
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Praia de Caieiras em Guaratuba
A “boca” da baía de Guaratuba proporciona duas praias sensacionais, ao note a “Prainha” e ao sul a praia de Caieiras. Ambas ficam no município de Guartuba, pois não é a baia que forma a divisa entre os municípios de Matinhos e Guaratuba e sim o morro entre a Praia Mansa de Caiobá (Matinhos) e a Prainha, já em Guaratuba.
Bom, Caieiras é daqueles lugares pequenos, simples e privilegiados. A faixa de areia tem pouco mais de 1 km de extensão e começa na boca da baía e segue até mar aberto, terminando nas pedras do morro que a separa de Praia Central de Guaratuba.
Não há hotéis, só um restaurante, dois bares, dois ou três mercados e uma panificadora. Para se hospedar por lá tem que alugar um quarto, apartamento ou casa direto com os moradores, mas os preços compensam.
A vista do mar na boca da baía é animada pelo vai e vem dos barcos de pescadores e da balsa que faz a travessia da baía.
Mais fotos aqui:
Bom, Caieiras é daqueles lugares pequenos, simples e privilegiados. A faixa de areia tem pouco mais de 1 km de extensão e começa na boca da baía e segue até mar aberto, terminando nas pedras do morro que a separa de Praia Central de Guaratuba.
Não há hotéis, só um restaurante, dois bares, dois ou três mercados e uma panificadora. Para se hospedar por lá tem que alugar um quarto, apartamento ou casa direto com os moradores, mas os preços compensam.
A vista do mar na boca da baía é animada pelo vai e vem dos barcos de pescadores e da balsa que faz a travessia da baía.
Mais fotos aqui:
quarta-feira, 30 de julho de 2014
As estradas do Litoral e seus problemas
Quem frequenta o Litoral do Paraná sabe bem que as estradas são um dos principais problemas da região. A falta de infraestrutura adequada de transporte faz com que o acesso às praias seja desconfortável e caro.
Começando pela BR 277, principal rodovia entre Curitiba e o
Litoral. A estrada é uma beleza, mas o pedágio é um assalto: R$ 15,40 por um
trecho de 90 km. Trechos maiores, como o acesso à Santa Catarina pela BR 376
custam menos de 10% disso. Herança maldita do desgoverno de Jaime Lerner, cujos
sucessores não conseguiram aliviar.
Além disso, pela BR 277 chega-se a Morretes (quase) e a
Paranaguá, mas não às praias. Se você for a Matinhos (inclua-se Caiobá), sua
vida vai ser quase tranquila. A rodovia PR 508, a chamada Alexandra – Matinhos é
dupla, apesar de não ter acostamento. Os engarrafamentos são limitados à volta
nos domingos e aos fins de feriados mais concorridos da temporada. Mas se você
vai à Pontal do Paraná (Praia de Leste, Canoas, Santa Terezinha, Ipenama,
Shangrilá, Atami, Pontal do Sul, etc.) ou à Ilha do Mel, prepare-se.
Indo pela PR 277, quase chegando a Paranaguá, fica o início
da PR 407, uma rodovia em bom estado, mas simples. Incapaz de suportar a
demanda que se apresenta. Ela tem 19 km e liga a BR 277 e Paranaguá às praias e
à PR 412. A PR 412, por sua vez, é a rodovia que costeia todo o Litoral
urbanizado do Estado, de Pontal do Paraná à divisa com Santa Catarina em
Guaratuba. Esta, assim como a PR 407, também não suporta a demanda de tráfego
durante a temporada, com o agravante que atravessa trechos altamente povoados e
é cheia de lombadas.
A PR 412 ainda tem mais um problema, se é que se deve chamar
assim a belíssima baía de Guaratuba. Para atravessar de Matinhos para Guaratuba
é necessário usar o serviço de balsas, também chamado de ferryboat. A travessia custa pouco mais de cinco reais e é outro
ponto de estrangulamento além da própria estrada.
Vindo da Capital ou do interior do Estado, existem ainda
dois acesso possíveis, que são a Estrada da Graciosa e a BR 376 por Garuva SC.
A Estrada da Graciosa tem característica turística histórica, pois é a primeira
estrada construída entre o planalto e o litoral. Ela é estreita e boa parte
ainda conserva o calçamento original. É um belo passeio e uma rota de fuga pra
quem se recusa a pagar o pedágio da BR 277. Mas é lenta e pouco funcional.
O acesso pela BR 376, que vira BR 101 em Santa Catarina é
uma boa opção para quem vai a Guaratuba, mas a partir de Garuva a pista é
simples e os engarrafamentos também são constantes.
Quando se trata de estrada, as reivindicações costumam ser
históricas, pois muito se promete, mas os resultados costumam demorar décadas.
Em primeiro lugar é mais que urgente a duplicação da PR 407.
Os veranistas e moradores de Pontal e Matinhos não suportam mais os
engarrafamentos. Até Paranaguá costuma ser prejudicada. São só 19 km, cinco dos
quais no perímetro urbano de Paranaguá. Aqui se percebe que as falcatruas do
pedágio não se limitam ao preço. Essa rodovia que está sob concessão da Ecovia
deveria ter sido duplicada antes de 2011. Estamos em 2014.
A PR 412 que margeia as praias também precisa de duplicação
com urgência. Em Pontal do Paraná há um projeto de construção de uma nova
rodovia e a PR 412 seria urbanizada (já é) e transformada em avenida para
atender o fluxo local. Há um movimento chamado “Eu Amo Pontal – Estrada Já” que
luta para que esse novo acesso a Pontal saia do papel. O projeto é do Governo
do Estado.
Há também um movimento pela construção de uma ponte ligando
Matinhos a Guaratuba, substituindo as atuais balsas (ferryboat). Aliás, essa é
outra reivindicação de décadas. As estradas de acesso a Morretes, Antonina e
Guaraqueçaba (esta última ainda é de terra) também precisam de cuidados. Vários
trechos não tem acostamento, mas a situação nem se compara com a das estradas
praieiras.
Penso que esse momento de campanha eleitoral é propício para
que se estabeleçam novos compromissos para essas velhas reivindicações. Mas,
acima de tudo, os moradores precisam assumir cada vez mais o protagonismo
nessas batalhas. Promessas nunca faltaram. Se não as cumprem é por que não se
sentem cobrados.
terça-feira, 29 de julho de 2014
366 vezes Paranaguá
Para comemorar esse meu primeiro 29 de julho morando aqui, vamos no ritmo da canção que deu nome ao Blog Balanço da Canoa:
Música de Alecir Carrigo.
Música de Alecir Carrigo.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Parisnaguá é uma festa!
A tainha acabou, mas a festa não. Estamos vivendo dias (e
noites) empolgantes por conta do XI Festival de Arte e Cultura do Litoral,
junto com II Fórum Municipal de Cultura que acontecem durante toda esta semana.
Na noite de terça-feira (16) visitamos por acidente a
tradicional Canja das 6, que costuma ser às quartas, mas está itinerante nesta
semana. Mas nosso destino era a Feira da Lua, essa sim que acontece toda terça-feira,
e já se tornou um clássico da cidade.
Voltando à Canja (que merece uma postagem especial) é a
reunião de professores e estudantes da Casa de Cultura Basílio Itiberê, em
frente à casa, no belo largo da Matriz. O jazz rola leve, suave, envolvente.
E fomos à Feira da Lua na Praça dos Leões. Dezenas de
barracas com artesanato, comidas e bebidas. Petiscos caiçaras, japas, baianos;
cervejas artesanais, cataia, enfim... muita coisa legal. Tem um coreto que foi
palco para o chorinho. Muita gente na rua, famílias inteiras se divertindo.
Cada vez mais apaixonado por essa cidade que busca cultivar
e preservar sua cultura, suas comidas, sua arte.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
XI Festival de Arte e Cultura Popular do Litoral Paranaense
O Festival de Arte e Cultura Popular do Litoral Paranaense acontece de 14 a 20 de julho, em Paranaguá. Realizado pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar) e Fundação Municipal de Cultura (Fumcul) de Paranaguá, em parceria com as Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Escola de Músicas e Belas Artes do Paraná (EMBAP), Universidade Federal do Paraná (UFPR Litoral) e Prefeitura de Paranaguá, o evento chega à décima primeira edição e consolida-se como catalisador da riqueza cultural do litoral do Estado.
O Festival tem uma programação repleta de atividades que envolvem a comunidade em uma proposta de valorização da arte produzida no Estado. A programação completa do Festival pode ser consultada no site www.fafipar.br.
Estão abertas as inscrições para as oficinas. Com diversas opções de conteúdo, as aulas abordam o entalhe em madeira, desenho, artesanato em argila, cerâmica e cipó, violão, vídeo, caricatura, curtume, teatro de bonecos, canto, dança, entre outras atividades.
O diretor teatral e um dos organizadores do festival parnanguara, Alex Wolf, ministra a oficina "Vídeo do Minuto", que incentiva a produção de vídeos para participar do Festival do Minuto - o maior festival do gênero da América Latina.
O Festival tem uma programação repleta de atividades que envolvem a comunidade em uma proposta de valorização da arte produzida no Estado. A programação completa do Festival pode ser consultada no site www.fafipar.br.
Estão abertas as inscrições para as oficinas. Com diversas opções de conteúdo, as aulas abordam o entalhe em madeira, desenho, artesanato em argila, cerâmica e cipó, violão, vídeo, caricatura, curtume, teatro de bonecos, canto, dança, entre outras atividades.
O diretor teatral e um dos organizadores do festival parnanguara, Alex Wolf, ministra a oficina "Vídeo do Minuto", que incentiva a produção de vídeos para participar do Festival do Minuto - o maior festival do gênero da América Latina.
Confira a programação completa no portal da FAFIPAR, clique aqui.
Vem aí o II Fórum Municipal de Cultura de Paranaguá
A Prefeitura de Paranaguá, por meio da Fundação Municipal de
Cultura ‘Nelson de Freitas Barbosa’ (Fumcul), realiza, nos dias 14, 15 e 16 de
julho, o II Fórum Municipal de Cultura de Paranaguá, que tem o objetivo de
avaliar propostas que contemplem diversas áreas culturais no Plano Municipal de
Cultura, bem como eleger os membros da sociedade civil que comporão o Conselho
Municipal de Cultura.
A abertura do evento será na segunda-feira (14), às 18hrs,
no Teatro Rachel Costa, com o credenciamento dos participantes. Logo depois,
palavra da presidente da Fumcul, Maria Angélica Lobo Leomil, e diretores da
entidade sobre o papel do II Fórum. Às 19h30, a representante da regional sul
do Ministério da Cultura, Eleonora Spinato, que fala do Plano Municipal de Cultura
e do Sistema Nacional de Cultura.
O dia 15 reserva-se às reuniões por segmentos culturais, que
acontecem na Escola Municipal Manoel Viana, a partir das 19hrs. Os Grupos de
Trabalho (GTs) reúnem-se a partir das 20h para discutir os diagnósticos anteriores,
os objetivos e as propostas de trabalho em cada área. São quatro grupos:
Diversidade, descentralização, direitos e intercâmbio cultural; Economia da
Cultura; Patrimônio cultural material, imaterial e arquitetura; Gestão Pública
e Formação Cultural.
No dia 16, às 19h, no Teatro Rachel Costa, o fórum
encerra-se com Plenária Final e eleição dos representantes para o Conselho
Municipal de Cultura.
Inscrições
As inscrições para o II Fórum Municipal de Cultura são
gratuitas e podem ser feitas no site da Fumcul, no endereço
http://www.fumcul.com.br ou, ainda, presencialmente na sede da entidade (Casa
Cecy, rua XV de Novembro, Centro Histórico).
Para ter acesso à Ficha de inscrição e ler o regimento
completo do Fórum, acesse o link aqui.
Informações do Portal da Prefeitura de Paranaguá: www.paranagua.pr.gov.br
Informações do Portal da Prefeitura de Paranaguá: www.paranagua.pr.gov.br
terça-feira, 1 de julho de 2014
Exposição de Di Rodrigues fica até 12 de julho na Casa Monsenhor Celso
via Prefeitura de Paranaguá
Abriu de 26 de junho e continua até 12 de julho – a mostra ‘Entre Traços e Cores’, com mais de 30 obras de Diogo Rodrigues Alves, o Di Rodrigues, na Casa da Cultura Monsenhor Celso, no Centro Histórico. Aristas e autoridades participaram da abertura da Mostra, uma realização da Prefeitura de Paranaguá, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcul).
Dentre os trabalhos expostos, chama a atenção o senso crítico de Di Rodrigues e, também, suas homenagens à cidade, gesto intencional, segundo o autor, pois a mostra adentra a primeira quinzena do mês de aniversário de Paranaguá. Dentre as obras que destacam a beleza da cidade estão os desenhos aquarelados – em geral de paisagens de Paranaguá – e as gravuras que mostram em detalhe riquezas da arquitetura histórica do município.
Chama a atenção, logo na entrada da exposição, a obra que demonstra uma trilha pintada em vermelho com pés descalços e de bota. Segundo Di Rodrigues, a leitura da obra pode variar, mas pode mostrar um percurso histórico, sendo que os pés descalços remetem ao índio carijó, enquanto os pés usando bonitas remetem à industrialização e chamada modernização da sociedade.
Chama atenção, também, uma obra em que o artista deixou filetes bem finos de madeira ao sabor de uma colônia de cupins, que “trabalhou” sobre a maneira diversas formas.
Gestor da Casa da Cultura e curador da mostra, André Serafim comenta a sensibilidade de Di Rodrigues e sua capacidade de se expressar em diversos formatos. “Di Rodrigues é um artista completo, que se expressa bem seja nos desenhos, nas gravuras, nas fotografias, enfim, em vários formatos. Aproveito para convidar a todos a prestigiarem a exposição”, disse.
A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Maria Angélica Lobo Leomil, participou do evento e também elogiou o trabalho não só de Di Rodrigues, mas de toda a classe artística do município.
Serviço
Exposição ‘Entre traços e Cores’
Local: Casa da Cultura Monsenhor Celso.
Horário de Funcionamento: Terça a Sexta (8 às 18h). Sábados e domingos (9h às 13h). Não abre às segundas-feiras.
Abriu de 26 de junho e continua até 12 de julho – a mostra ‘Entre Traços e Cores’, com mais de 30 obras de Diogo Rodrigues Alves, o Di Rodrigues, na Casa da Cultura Monsenhor Celso, no Centro Histórico. Aristas e autoridades participaram da abertura da Mostra, uma realização da Prefeitura de Paranaguá, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcul).
Dentre os trabalhos expostos, chama a atenção o senso crítico de Di Rodrigues e, também, suas homenagens à cidade, gesto intencional, segundo o autor, pois a mostra adentra a primeira quinzena do mês de aniversário de Paranaguá. Dentre as obras que destacam a beleza da cidade estão os desenhos aquarelados – em geral de paisagens de Paranaguá – e as gravuras que mostram em detalhe riquezas da arquitetura histórica do município.
Chama a atenção, logo na entrada da exposição, a obra que demonstra uma trilha pintada em vermelho com pés descalços e de bota. Segundo Di Rodrigues, a leitura da obra pode variar, mas pode mostrar um percurso histórico, sendo que os pés descalços remetem ao índio carijó, enquanto os pés usando bonitas remetem à industrialização e chamada modernização da sociedade.
Chama atenção, também, uma obra em que o artista deixou filetes bem finos de madeira ao sabor de uma colônia de cupins, que “trabalhou” sobre a maneira diversas formas.
Gestor da Casa da Cultura e curador da mostra, André Serafim comenta a sensibilidade de Di Rodrigues e sua capacidade de se expressar em diversos formatos. “Di Rodrigues é um artista completo, que se expressa bem seja nos desenhos, nas gravuras, nas fotografias, enfim, em vários formatos. Aproveito para convidar a todos a prestigiarem a exposição”, disse.
A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Maria Angélica Lobo Leomil, participou do evento e também elogiou o trabalho não só de Di Rodrigues, mas de toda a classe artística do município.
Serviço
Exposição ‘Entre traços e Cores’
Local: Casa da Cultura Monsenhor Celso.
Horário de Funcionamento: Terça a Sexta (8 às 18h). Sábados e domingos (9h às 13h). Não abre às segundas-feiras.
terça-feira, 17 de junho de 2014
Dezessete comunidades pesqueiras participarão da 4ª Festa Nacional da Tainha
Via Blog da Luciane
Os integrantes das famílias das ilhas e comunidades marítimas de Paranaguá e das demais cidades que estarão participando da 4ª Festa Nacional da Tainha fizeram o curso de manipulação de alimentos e os garçons também passarão por uma capacitação.
As informações são da Fundação Municipal de Turismo que está organizando o fechamento da programação artística do período de 27 de junho, quando começa a festa, até o dia 13 de julho, quando termina.
Esta é a 4ª Festa Nacional da Tainha, a 37ª Festa do Pescador, 29ª Festa da Tainha, 6ª Festa Regional da Tainha. De acordo com a Fumtur, turistas, moradores e visitantes poderão escolher entre as 17 barracas que serão montadas para comercialização de diferentes tipos de tainha e frutos do mar na Praça de Eventos 29 de Julho.
E a cidade também tem restaurantes conveniados que aderiram e estarão comercializando a tainha durante a Festa em seus estabelecimentos comerciais. São eles a Casa do Barreado, Restaurante A Bonbonné e Restaurante Divina Gula. “Esta é uma das novidades da festa”, adiantou o presidente da Fundação, Rafael Guttierres Júnior. “Além desta, os barraqueiros ficarão alojados no Gigante do Itiberê”, explicou o presidente.
domingo, 8 de junho de 2014
Mandicuera, enfim
O Itiberê separa Valadares do centro de Paranaguá. |
Nada muito forte, a música é estranha, hipnótica. Batida, repetida. Lembra caipira, mas tem canto gregoriano, tem dissonância forte. Uma alegria melancólica de mar. Mantra de açoriano, caiçara.
Vindo morar em Paranaguá, fomos assistir no carnaval, uma apresentação do grupo Mandicuera, com o auto do Boi de Mamão (vide matéria deste blog).
Neste fim de semana, eles fizeram a festa do divino. Tradição.
Tentamos ir no sábado, para o almoço, mas não achamos. A fome bateu e voltamos. A Ilha dos Valadares, não sabíamos, é enorme. Mais de 30 mil habitantes. Tentamos de novo no domingo, com mais vontade. Perguntamos. Andamos 40 minutos e achamos.
Chegando lá, a nossa timidez (jacus de tudo) demoramos a conversar. Mas deu tudo certo. O lugar é simples. Uma resistência que eu só tinha visto em punks sustenta uma vida que tem uma graça particular.
Tinha uma bebida de nome engraçado: “mãecafilha”, uma cachaça com melado. Tinha uma casa de farinha, e eles estavam fazendo farinha de mandioca ali. E tinha um almoço no fogão a lenha: barreado, banana da terra, peixe seco ensopado e os acompanhamentos brasileiros (arroz, feijão, salada...).
Tinha pessoas que são de outro universo, como o Seu Leonildo (foto acima), um mestre do fandango e da simpatia. Vindo de um lugar que não se chega de carro. Que faz um tipo de música que ninguém mais faz... tinha.
Tinha gente tentando aprender... e aprendendo. Um outro jeito de viver. Um sorriso mais leve.
Uma linda capela e um mar de lá.
E a Dona Regina. O melhor papo do dia.
Mais fotos, lá no face:
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